Me desculpe pelo longo tempo em que estive ausente. Estou pensando em fazer outro blog, porque ando tendo alguns probleminhas com meus emails --'
Mas prometo que logo logo estou de volta, neste blog ou em outro.
Kisses ;*
... há coisas, esperando para serem descobertas. Há segredos trancados, esperando para serem revelados. Eu estou atrás da porta, esperando você destrancá-la para me libertar.
terça-feira, 7 de junho de 2011
terça-feira, 31 de maio de 2011
Video: Lenda - Céu
Hoje teve show dela aqui em Ribeirão Preto, na 11° Feira Nacional do Livro, e foi perfeito *-* ( tirando os muleke piranha, as piriguete e o cheiro de maconha que rolou solto no ar). Se não conhece a Céu ainda (o que eu duvido), vale a pena conhecer... ;*
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Video: Oração - A banda mais bonita da cidade
Acho que já conhecem, mas se não, aproveitem para conhecer. Eu simplesmente fiquei apaixonada por essa música *-*
sábado, 28 de maio de 2011
Troquei de operadora !!
Essa é boa... e você ganha créditos em barra de ouro que vale mais do que dinheiro...
É BOM OU NÃO É?
"Por uma vida melhor" para uma vida alienada...
Você já deve saber da polêmica cartilha distribuída nas escolas públicas pelo MEC;
Como podem ver, este é o Brasil. Um país lindo, tropical, com futebol e bundas para lá e para cá, desviando os olhos do povo de tudo o que está errado no país. Mas dessa vez eles apelaram para os erros.
Uma pessoa iluminada resolveu ensinar aos alunos que o correto é escrever errado. Isso mesmo! A cartilha "Por uma vida melhor" foi escrita pela professora Heloísa Ramos, e, segundo ela, as expressões "nós pega peixe" e "Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado" estão corretas em alguns contextos e os alunos devem falar dessa forma para serem aceitos em seus grupos de amizades, pois o normal é falar erroneamente. E o pior de tudo é que tal cartilha "educativa" foi aprovada pelo MEC (Ministério da Educação) por meio do Programa Nacional do Livro Didático.
Muitos professores, alunos e pais se revoltaram.
Mas nos resta pensar. Por que esse título de "Por uma vida melhor"? E para quem é essa vida?
Para os alunos que recebem uma educação de merda e não têm oportunidades? Ou para a elite, que tem todos os privilégios e continuam alienando o povo com essas tentativas estúpidas de tapar o som com a peneira?
Talvez eu esteja errada sobre tudo isso. Não vi a tal cartilha, portanto não conheço o outro lado da história ( e todos nós sabemos que sempre tem). Mas continuo achando um absurdo. Enquanto em outros países os investimentos na educação são grandes, aqui as autoridades ensinam o povo a continuar sendo ignorante e alienado e o nosso país é conhecido apenas pelas praias e bundas e pelo carnaval! Eu diria que estamos mais para circo, mas... deixa pra lá.
O primeiro assalto a gente nunca esquece...
Hoje quase fui assaltada (aeeee \o/).
Sei, isso não é motivo pra comemorar... mas como não acontece nada de legal ou emocionante na minha vida, resolvi contar minha linda historinha de primeiro assalto!
Estava eu no ponto esperando o lindo ônibus (ironia mode on*) chegar. Como sempre, eu estava pensando na vida, quase babando, até que surge do além das trevas da p*ta que pariu um ser do além que me pergunta as horas. Eu, que sou uma pessoa ingênua, doce e acredito na bondade do ser humano, tirei meu celular capenga do bolso pra ver o relógio. Falei as horas pra ele, ele agradeceu e foi embora.
Depois de um tempinho quase babando de sono e pensando na morte da bezerra (do pônei, da cabrita ou de quem você preferir), aquele filho duma mãe honesta que presta serviços orais em troca de um prato de farofa voltou pedindo gentilmente (olha a ironia aí geeente!) pra eu passar meu celular pra ele.
Porra, celular é covardia né? Tá, ele é de pobre, todo riscado... MAS É MEU E TÁ PAGO!! Eu não ia dar meu celular pra ele, nem mesmo um palito de dente! Acho injusto isso, a gente trabalha (eu não trabalho ainda, mas você entendeu o que eu quis dizer), rala pra conseguir as coisas... aí vem um ser do além do inferno pra roubar?
Então... fiquei revoltada!!!!! o_O
Encarnei a personagem rebelde (morrendo de medo, mas tudo bem) e disse que não ia passar meu celular. E assim ficamos discutindo por um tempinho, ele pedindo meu celular e eu negando... quase comecei um debate filosófico com ele, mas aí o ônibus apareceu e atrapalhou nossa conversa produtiva.
Ele foi embora falando merda, e me ameaçando ... legal, não? --'
Agora estou me recuperando da emoção do meu primeiro assalto!! Na verdade, tentativa de assalto, porque ainda bem que ele não roubou nada meu...
Agora é rezar para aquelefilho da puta cidadão não voltar a me procurar... ou serei obrigada a levar a faca de carne na mochila na próxima vez.
Depois dessa história linda e emocionante, o que resta é vocês rezarem por mim, para eu não ser assaltada, nem esfaqueada por aí ... ^^
Sei, isso não é motivo pra comemorar... mas como não acontece nada de legal ou emocionante na minha vida, resolvi contar minha linda historinha de primeiro assalto!
Estava eu no ponto esperando o lindo ônibus (ironia mode on*) chegar. Como sempre, eu estava pensando na vida, quase babando, até que surge do além das trevas da p*ta que pariu um ser do além que me pergunta as horas. Eu, que sou uma pessoa ingênua, doce e acredito na bondade do ser humano, tirei meu celular capenga do bolso pra ver o relógio. Falei as horas pra ele, ele agradeceu e foi embora.
Depois de um tempinho quase babando de sono e pensando na morte da bezerra (do pônei, da cabrita ou de quem você preferir), aquele filho duma mãe honesta que presta serviços orais em troca de um prato de farofa voltou pedindo gentilmente (olha a ironia aí geeente!) pra eu passar meu celular pra ele.
Porra, celular é covardia né? Tá, ele é de pobre, todo riscado... MAS É MEU E TÁ PAGO!! Eu não ia dar meu celular pra ele, nem mesmo um palito de dente! Acho injusto isso, a gente trabalha (eu não trabalho ainda, mas você entendeu o que eu quis dizer), rala pra conseguir as coisas... aí vem um ser do além do inferno pra roubar?
Então... fiquei revoltada!!!!! o_O
Encarnei a personagem rebelde (morrendo de medo, mas tudo bem) e disse que não ia passar meu celular. E assim ficamos discutindo por um tempinho, ele pedindo meu celular e eu negando... quase comecei um debate filosófico com ele, mas aí o ônibus apareceu e atrapalhou nossa conversa produtiva.
Ele foi embora falando merda, e me ameaçando ... legal, não? --'
Agora estou me recuperando da emoção do meu primeiro assalto!! Na verdade, tentativa de assalto, porque ainda bem que ele não roubou nada meu...
Agora é rezar para aquele
Depois dessa história linda e emocionante, o que resta é vocês rezarem por mim, para eu não ser assaltada, nem esfaqueada por aí ... ^^
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Tua voz
Pergunte-me ou responda-me. Qualquer coisa, qualquer besteira que vier à cabeça. Uma história, um riso, ou simplesmente uma canção.
Só não me deixe no silêncio. Ele perturba, machuca os ouvidos e o coração.
Me permita ouvir tua voz mais uma vez, sentir tua risada acalmar meus nervos. Me permita te ouvir reclamando de qualquer coisa banal, ou gritando de alegria, dizendo qualquer bobagem que leu em algum lugar...
Só não me deixe no silêncio ensurdecedor.
Diga qualquer coisa, qualquer palavra desconexa, qualquer besteira que vier à cabeça. Só quero te ouvir novamente, sentir tua voz me acariciando.
Só não me deixe no silêncio. Ele perturba, machuca os ouvidos e o coração.
Me permita ouvir tua voz mais uma vez, sentir tua risada acalmar meus nervos. Me permita te ouvir reclamando de qualquer coisa banal, ou gritando de alegria, dizendo qualquer bobagem que leu em algum lugar...
Só não me deixe no silêncio ensurdecedor.
Diga qualquer coisa, qualquer palavra desconexa, qualquer besteira que vier à cabeça. Só quero te ouvir novamente, sentir tua voz me acariciando.
Retrato
"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"
Cecília Meireles
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"
Cecília Meireles
terça-feira, 24 de maio de 2011
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Irreal
Mesmo dormindo, senti meus pés tocarem algo. Mesmo estática, senti meu coração embalado por um ritmo que não vi, que ninguém viu nem sentiu. Só eu senti, só meu corpo se arrepiou com aquela batida, mesmo estando imóvel.
Com olhos fechados vi uma luz forte, que senti queimar minha vista e iluminar minha alma. Minhas pálpebras foram incapazes de me proteger de tanta clareza, de tanto brilho. Real ou não, não sei... mas com certeza era forte e bela, talvez um sonho.
E o chão quente e áspero continuou passeando sob meus pés, e uma brisa leve e perfumada balançou meus cabelos,e mesmo que eles estivessem amarrados, eu os senti acariciando meu rosto. Um toque suave, que nunca havia sentido antes.
Minhas mãos suspensas no ar começaram a formigar, e senti sobre meus dedos o toque de uma flor, delicada e suave... pude sentir seu cheiro forte invadindo minhas narinas sem permissão, invadindo meu eu, me envolvendo numa batida que nunca vi antes, que ninguém viu nem sentiu.
Só eu senti, mesmo estando imóvel, meu corpo balançando e se envolvendo... meu coração acelerando... seguindo o ritmo de uma música que chegava aos meus ouvidos. Eu não sabia de onde vinha, mas sabia onde chegava...
E o som continuou me levando, invadindo meu cérebro e me fazendo perder o controle de tudo. Ali me senti em casa, no meu próprio corpo me senti à vontade.
Mas logo veio algo estranho, uma certa saudade de um certo alguém. E não senti mais flores sob minhas mãos, mas senti uma pele quente, dedos leves me tocando o braço. Um abraço forte e quente, e tudo estava bem. Ali, no meu sonho, eu estava protegida.
Se foi real ou não, não sei. Talvez tenha sido apenas um sonho... um sonho compartilhado com uma certa pessoa. Apenas fui para me encontrar ali, para me sentir segura.
Fui para encontrar certa pessoa em algum lugar.
Com olhos fechados vi uma luz forte, que senti queimar minha vista e iluminar minha alma. Minhas pálpebras foram incapazes de me proteger de tanta clareza, de tanto brilho. Real ou não, não sei... mas com certeza era forte e bela, talvez um sonho.
E o chão quente e áspero continuou passeando sob meus pés, e uma brisa leve e perfumada balançou meus cabelos,e mesmo que eles estivessem amarrados, eu os senti acariciando meu rosto. Um toque suave, que nunca havia sentido antes.
Minhas mãos suspensas no ar começaram a formigar, e senti sobre meus dedos o toque de uma flor, delicada e suave... pude sentir seu cheiro forte invadindo minhas narinas sem permissão, invadindo meu eu, me envolvendo numa batida que nunca vi antes, que ninguém viu nem sentiu.
Só eu senti, mesmo estando imóvel, meu corpo balançando e se envolvendo... meu coração acelerando... seguindo o ritmo de uma música que chegava aos meus ouvidos. Eu não sabia de onde vinha, mas sabia onde chegava...
E o som continuou me levando, invadindo meu cérebro e me fazendo perder o controle de tudo. Ali me senti em casa, no meu próprio corpo me senti à vontade.
Mas logo veio algo estranho, uma certa saudade de um certo alguém. E não senti mais flores sob minhas mãos, mas senti uma pele quente, dedos leves me tocando o braço. Um abraço forte e quente, e tudo estava bem. Ali, no meu sonho, eu estava protegida.
Se foi real ou não, não sei. Talvez tenha sido apenas um sonho... um sonho compartilhado com uma certa pessoa. Apenas fui para me encontrar ali, para me sentir segura.
Fui para encontrar certa pessoa em algum lugar.
terça-feira, 17 de maio de 2011
Procura-se!
Não, eu não morri, não fui sequestrada, não estou morando debaixo da ponte e nem tentando roubar o título de campeão de esconde-esconde do Osama.
Só ando meio sem inspiração, sem ideias, sem vergonha na cara pra fazer alguma coisa interessante. Mas prometo que logo a inspiração volta.
Aí me bate a louca e UUUI PRONTO! escrevo várias coisas aqui, desenho, pinto e bordo hehehe..
Mas pra isso, tenho que esperar uma luz entrar na minha cabeça oca =/
Ah, e ando com uns probleminhas com o meu email, e talvez eu tenha que fazer outro blog. Bom, é uma looonga história... mas qualquer coisa aviso aqui, ok?
Ah, e não precisam colocar nenhuma foto minha no aviso de desaparecidos... apesar que do jeito que tá, duvido que alguém vá fazer isso :( #foreveralone ... mas SE por acaso sentir minha falta (ou pelo menos dos meus posts), não precisa fazer isso ok?
Se bem que ia ser engraçado minha foto com uma frase logo embaixo : PROCURA-SE, VIVA OU MORTA (de preferência viva né gente? por favor...). Ainda mais com essa cara de louca que eu tenho.
Aliás, outro dia eu estava andando de boa e parei uma moça pra perguntar onde ficava uma rua lá né, e a doida quase morreu de susto e agarrou a própria bolsa --' No mínimo, achou que eu fosse uma trombadinha o_O!!
Mas é outra looonga história, que acho melhor nem contar aqui. Agora, vou TENTAR fazer alguma coisa útil hoje. Logo dou o ar de minha graça por aqui :) Bjundas e... e.... e até mais ;*
Só ando meio sem inspiração, sem ideias, sem vergonha na cara pra fazer alguma coisa interessante. Mas prometo que logo a inspiração volta.
Aí me bate a louca e UUUI PRONTO! escrevo várias coisas aqui, desenho, pinto e bordo hehehe..
Mas pra isso, tenho que esperar uma luz entrar na minha cabeça oca =/
Ah, e ando com uns probleminhas com o meu email, e talvez eu tenha que fazer outro blog. Bom, é uma looonga história... mas qualquer coisa aviso aqui, ok?
Ah, e não precisam colocar nenhuma foto minha no aviso de desaparecidos... apesar que do jeito que tá, duvido que alguém vá fazer isso :( #foreveralone ... mas SE por acaso sentir minha falta (ou pelo menos dos meus posts), não precisa fazer isso ok?
Se bem que ia ser engraçado minha foto com uma frase logo embaixo : PROCURA-SE, VIVA OU MORTA (de preferência viva né gente? por favor...). Ainda mais com essa cara de louca que eu tenho.
Aliás, outro dia eu estava andando de boa e parei uma moça pra perguntar onde ficava uma rua lá né, e a doida quase morreu de susto e agarrou a própria bolsa --' No mínimo, achou que eu fosse uma trombadinha o_O!!
Mas é outra looonga história, que acho melhor nem contar aqui. Agora, vou TENTAR fazer alguma coisa útil hoje. Logo dou o ar de minha graça por aqui :) Bjundas e... e.... e até mais ;*
sábado, 7 de maio de 2011
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Ela e Ele
E ela disse certo dia que não viveria mais sobre o muro, onde adorava passar as tardes olhando para a rua, vendo todas as crianças correndo atrás de uma pipa ou uma bola.
Via carros passando, adultos andando para lá e para cá, ora com uma sacola, ora com qualquer outra coisa nas mãos, ou simplesmente andando livremente, olhando para todos os lugares.
Era engraçado ver os cachorros correndo atrás das pessoas, latindo, com a língua de fora. Latiam para tudo: para os carros, os gatos que também ficavam sobre os muros, e até para a própria sombra.
Mas ela estava cansada de passar as tardes ali. Sentia-se como se o mundo continuasse o mesmo sem ela, como se o fato de ela observar tudo não mudasse nada. Não importava quanto tempo ela perderia ali, as pessoas continuariam andando, sem nem mesmo saber quem era ela. Ela via a vida passar diante seus olhos, como via um filme na televisão.
Assim, desistiu do muro e foi para o quarto. Lá ela ficou por muitos dias, se lamentando por ter deixado o mundo lá fora e por ele não sentir sua falta.
Começou a pensar na escola, nos amigos, na família... e percebeu que eles também continuariam os mesmos sem ela. E a dor do esquecimento foi tão grande que ela só fez chorar. Chorou tanto que seus olhos já não tinham mais lágrimas.
Então, ouviu um barulho na janela. Sim, era barulho de chuva. Abriu a janela, e viu que todas as flores do jardim de sua casa choravam com ela, as folhas, todos os insetos que andavam pela grama e até as nuvens, que derrubavam grandes pingos de sofrimento.
Ela olhou para o muro, então vou uma flor e junto havia um papel todo molhado. Foi até o muro, pegou a flor e o bilhete, e o leu:
"Talvez não me conheça. Acho que nunca reparou em mim. Sou seu vizinho, e passo todas as tardes olhando para você, quando fica sobre o muro. Senti sua falta. Por favor, não vá embora, não me deixe só, sem poder te ver."
Quando terminou de ler, a tristeza e a sensação de abandono deram lugar para uma alegria tão grande que mal cabia no seu peito. Ela descobriu que era importante e que as pessoas sentiam sua falta, até mesmo seu misterioso vizinho que ela nunca tinha visto.
Quando passou a chuva, ela foi novamente para o muro, mas em vez de olhar para a rua, olhou para a casa ao lado. Viu o menino solitário que lhe deu a flor, que sentiu sua falta. Ele estava sentado e olhando para ela, com olhos em brasa e uma felicidade que saía de seu sorriso e iluminava tudo que estava em volta. Ele estava só esperando por ela, sentado ali há tempos e olhando para o muro, como se visse sua vida chegando, como se estivesse esperando por algo mais importante que tudo.
terça-feira, 3 de maio de 2011
Lembranças
Poderíamos distribuir um pouco de nós para as pessoas? Mesmo tendo um só coração, talvez ele possa ser repartido.
Não sei bem se isso é certo, mas eu queria me dividir em partes menores, para que cada um tenha algum pedacinho de mim.
Quero que me levem para longe, para várias direções. É a forma que encontrei de não abandoná-los. Nunca senti tanto medo de machucar alguém... as piores dores são aquelas que não são nossas. Superamos nossa própria dor, mas e a dor de quem amamos? Essa não podemos curar, ou sentir por eles.
Se eu pudesse pelo menos dar um pouco de mim para viagem, como uma lembrança boa... Talvez algo que os lembrem de que um dia existi, que meu amor pode não ser tão grande, mas que me esforço para que seja suficiente para todos eles.
Deixei de me amar para sobrar mais espaço em mim. Talvez não seja certo, mas é mesmo assim foi o que fiz.
E se um dia eu não aguentar com tantas pessoas no meu peito, se meu coração se despedaçar e não suportar mais tanta coisa, pegue os pedaços que restarem e dê um para cada pessoa que já viveu em mim. Dê uma lembrança boa de mim, para que não me esqueçam. E se meu coração não for suficiente, dê todo meu amor e cada pedacinho do que sobrar de mim...
Não sei bem se isso é certo, mas eu queria me dividir em partes menores, para que cada um tenha algum pedacinho de mim.
Quero que me levem para longe, para várias direções. É a forma que encontrei de não abandoná-los. Nunca senti tanto medo de machucar alguém... as piores dores são aquelas que não são nossas. Superamos nossa própria dor, mas e a dor de quem amamos? Essa não podemos curar, ou sentir por eles.
Se eu pudesse pelo menos dar um pouco de mim para viagem, como uma lembrança boa... Talvez algo que os lembrem de que um dia existi, que meu amor pode não ser tão grande, mas que me esforço para que seja suficiente para todos eles.
Deixei de me amar para sobrar mais espaço em mim. Talvez não seja certo, mas é mesmo assim foi o que fiz.
E se um dia eu não aguentar com tantas pessoas no meu peito, se meu coração se despedaçar e não suportar mais tanta coisa, pegue os pedaços que restarem e dê um para cada pessoa que já viveu em mim. Dê uma lembrança boa de mim, para que não me esqueçam. E se meu coração não for suficiente, dê todo meu amor e cada pedacinho do que sobrar de mim...
sábado, 30 de abril de 2011
Desabafo
Já que não posso ser mais de uma, o que me resta é esticar todo o meu amor para que ele possa ser suficiente.
Se não posso poupar o sofrimento de todos, tentarei ser menos cruel e confortar.
Como não posso decidir pelas pessoas, só me resta pensar bem antes de tomar qualquer atitude e viver minha vida como eu quero que ela seja.
Até quando ficarei assim, com medo da dor dos outros, eu não sei. Espero que não seja por muito tempo, porque, por incrível que pareça, eu sinto dores que não são minhas.
Mas nada posso fazer. Não posso esticar meu amor para ser suficiente.
Só posso confortar, ser menos cruel. Pensar antes de cada atitude, cada gesto, cada palavra.
Em mim só há espaço para o que é meu.
Sendo assim, seguirei pelo caminho que me pertence, onde só há espaço para os meus pés, e mais nada.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Febre
Estiquei minhas mãos, implorando misericórdia. Mas senti meus dedos formigarem, e uma coisa estranha passou pelas minhas veias. Algo novo que eu já conhecia de algum lugar, algum lugar qualquer perto de qualquer esquina suja e um bar abandonado.
Não sabia que seria capaz disso, mas gosto.
Me sinto mau, mas isso é ótimo. Sensação de febre, que queima minha carne e arrepia minha pele. Venha comigo para sentir também. Prometo que não se arrependerá.
Em alguma rua perto de lugar nenhum, me encontro com febre. Todos podem sentir o vapor saindo dos meus poros, o meu perfume impregnado nas luzes da cidade. Posso ver casais dançando pelas ruas, cada um de seu modo, como nunca ousaram antes, e meu cheiro dançando pelo ar.
Minha sorte me abandonou em um bar sujo, implorando por misericórdia e alguns trocados. Mas consegui coisa melhor. Essa febre está me deixando fora de controle, e isso é ótimo. Olhe no fundo dos meus olhos, você sentirá o calor te cegando e tomando conta do seu corpo. Seus ossos terão que procurar outro lar, pois sua carne ficará em chamas.
Mas não se preocupe, essa sensação é maravilhosa.
Chegue mais perto, não tenha medo. Meus dedos estão em brasa, se me deixar te tocar, sentirá sua pele queimando. Seus pés não ficaram mais parados, porque você entrará no meu ritmo.
Sinta minha febre, meu cheiro, e ficará tudo bem... prometo que não se arrependerá.
Não sabia que seria capaz disso, mas gosto.
Me sinto mau, mas isso é ótimo. Sensação de febre, que queima minha carne e arrepia minha pele. Venha comigo para sentir também. Prometo que não se arrependerá.
Em alguma rua perto de lugar nenhum, me encontro com febre. Todos podem sentir o vapor saindo dos meus poros, o meu perfume impregnado nas luzes da cidade. Posso ver casais dançando pelas ruas, cada um de seu modo, como nunca ousaram antes, e meu cheiro dançando pelo ar.
Minha sorte me abandonou em um bar sujo, implorando por misericórdia e alguns trocados. Mas consegui coisa melhor. Essa febre está me deixando fora de controle, e isso é ótimo. Olhe no fundo dos meus olhos, você sentirá o calor te cegando e tomando conta do seu corpo. Seus ossos terão que procurar outro lar, pois sua carne ficará em chamas.
Mas não se preocupe, essa sensação é maravilhosa.
Chegue mais perto, não tenha medo. Meus dedos estão em brasa, se me deixar te tocar, sentirá sua pele queimando. Seus pés não ficaram mais parados, porque você entrará no meu ritmo.
Sinta minha febre, meu cheiro, e ficará tudo bem... prometo que não se arrependerá.
domingo, 24 de abril de 2011
Menos hipocrisia
Minha avó fica sempre falando que preciso ser batizada. Pois é, não sou batizada e nem sigo religião nenhuma, mas crendices à parte, esse pequeno fato não me incomoda. Apesar de incomodar outras pessoas, não sei por qual razão...
Vivemos falando de respeito, que não devemos ter preconceito e blá blá blá, aquele papo que todos já sabem de cor. Mas quando alguém ou algo diferente daquilo que estamos acostumados aparece, sempre deixamos escapar algum comentário ou certa aversão.
Eu mesma às vezes me comporto assim, e tenho vergonha disso. Mas fazer o que né? Faz parte da natureza humana agir como idiota às vezes.
Só acho que é pior quando tentamos mudar as pessoas e quando não respeitamos.
Agredir uma pessoa (verbal ou fisicamente) por ela ser diferente é um comportamento inaceitável, tipicamente de idiotas desocupados (para não falar coisas piores...).
De que adianta encher a boca para falar de respeito e igualdade e depois ser o primeiro a julgar as pessoas sem conhecê-las, por puro preconceito? Me desculpem, mas hipocrisia com certeza é o pior defeito de todos.
Claro, se você não gosta de negros, gays, mulheres ou até mesmo de pessoas que não têm religião, como é o meu caso, o problema é todo seu. Mas isso não te dá o direito de mudar as pessoas, muito de menos de agredir alguém por motivos tão banais.
Se não tenho religião, tenho meus motivos pra isso, e não devo satisfações pra ninguém. Prefiro ser assim do que uma pessoa que vai à igreja, fala de Deus ou de qualquer outra divindade por aí, reza, ora, faz pose de puritano... e depois sai por aí falando mal dos outros, roubando, sendo uma pessoa desprezível e ignorante.
Só espero que as pessoas passem a se preocupar menos com coisas tão insignificantes e comecem a olhar mais para as pessoas, em vez de olhar só para a casca. Um gay, antes de tudo, é uma pessoa como todo mundo, e sua orientação sexual não muda nada. Um negro é uma pessoa normal, e sua cor não quer dizer nada. Todos são pessoas como todas as outras, com defeitos e qualidades. Não é um detalhe físico, religioso ou de qualquer outro tipo que vai mudar alguma coisa.
Menos hipocrisia, por favor!
Vivemos falando de respeito, que não devemos ter preconceito e blá blá blá, aquele papo que todos já sabem de cor. Mas quando alguém ou algo diferente daquilo que estamos acostumados aparece, sempre deixamos escapar algum comentário ou certa aversão.
Eu mesma às vezes me comporto assim, e tenho vergonha disso. Mas fazer o que né? Faz parte da natureza humana agir como idiota às vezes.
Só acho que é pior quando tentamos mudar as pessoas e quando não respeitamos.
Agredir uma pessoa (verbal ou fisicamente) por ela ser diferente é um comportamento inaceitável, tipicamente de idiotas desocupados (para não falar coisas piores...).
De que adianta encher a boca para falar de respeito e igualdade e depois ser o primeiro a julgar as pessoas sem conhecê-las, por puro preconceito? Me desculpem, mas hipocrisia com certeza é o pior defeito de todos.
Claro, se você não gosta de negros, gays, mulheres ou até mesmo de pessoas que não têm religião, como é o meu caso, o problema é todo seu. Mas isso não te dá o direito de mudar as pessoas, muito de menos de agredir alguém por motivos tão banais.
Se não tenho religião, tenho meus motivos pra isso, e não devo satisfações pra ninguém. Prefiro ser assim do que uma pessoa que vai à igreja, fala de Deus ou de qualquer outra divindade por aí, reza, ora, faz pose de puritano... e depois sai por aí falando mal dos outros, roubando, sendo uma pessoa desprezível e ignorante.
Só espero que as pessoas passem a se preocupar menos com coisas tão insignificantes e comecem a olhar mais para as pessoas, em vez de olhar só para a casca. Um gay, antes de tudo, é uma pessoa como todo mundo, e sua orientação sexual não muda nada. Um negro é uma pessoa normal, e sua cor não quer dizer nada. Todos são pessoas como todas as outras, com defeitos e qualidades. Não é um detalhe físico, religioso ou de qualquer outro tipo que vai mudar alguma coisa.
Menos hipocrisia, por favor!
Pedido de desculpas
Peço desculpas pelo meu chá de sumiço. Faz um bom tempo já que não escrevo nada, que não desenho, que não tenho ideias, enfim, que minha cabeça está completamente oca.
Tantas coisas acontecendo e ao mesmo tempo a mesma vidinha de sempre, na mesma rotina. E como sempre, nada de inspiração.
Mas logo, quem sabe, eu tenho alguma ideia brilhante (ou nem tão brilhante assim) e escrevo alguma coisa por aqui. Enquanto esse dia glorioso não chega, fico aqui na frente do computador, com um eco na cabeça oca (trocadilho de péssima qualidade, eu sei).
Tenham paciência, logo apareço com novas ideias. E rezem por mim, porque a coisa tá feia aqui viu... --'
Tantas coisas acontecendo e ao mesmo tempo a mesma vidinha de sempre, na mesma rotina. E como sempre, nada de inspiração.
Mas logo, quem sabe, eu tenho alguma ideia brilhante (ou nem tão brilhante assim) e escrevo alguma coisa por aqui. Enquanto esse dia glorioso não chega, fico aqui na frente do computador, com um eco na cabeça oca (trocadilho de péssima qualidade, eu sei).
Tenham paciência, logo apareço com novas ideias. E rezem por mim, porque a coisa tá feia aqui viu... --'
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Silêncio
O veneno das palavras pode ser fatal.
Uma frase pode te levar à loucura.
Palavras soltas podem voltar com mais força, mais cortantes, mais perigosas.
Afinal, tudo que vai, volta de alguma forma.
Não vemos, não tocamos, mas sabemos disso.
Às vezes o silêncio é necessário e indispensável.
Melhor remédio não há do que ficar em silêncio, esperar a dor passar, chorando baixinho.
Por que revelar segredos?
Se revelar, deixar de ser segredos.
Evite o cansaço das palavras mal ditas, das desculpas esfarrapadas e dos pedidos de desculpa.
Guarde aquilo que for desnecessário na gaveta, poupe lágrimas.
Já não vale a pena dizer mais nada.
Coisas passadas, frases esquecidas. Não há mais tempo. Não há mais razão.
Guarde coisas velhas na gaveta da cômoda, e esqueça.
Imploram pela verdade, mas quando ela vem, correm para o mundo dos sonhos.
Por que causar mais dor? Mexer na ferida por qual motivo?
Deixe seu cérebro parar um pouco, sua boca silenciar, finja que nada aconteceu.
Não é covardia! É preciso ter muita coragem para ser frio.
Apenas esconda tudo isso na gaveta.
Fique no silêncio, que é o seu lugar.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Ferida
Imploro para a dor passar, mas continuo mexendo na ferida, fazendo sangrar mais.
Atrás dos passos marcados, não vão para lugar nenhum e me levam aonde eu queria estar.
Não aprendi até hoje o significado da espera. Quero tudo pra já, agora, antes que esfrie, antes que acabe, antes que me canse.
Quero tudo na hora que eu quero, quando quero, se quiser, que venha do meu jeito.
Angústia interminável, gota a gota se cai do meus olhos e deslizam pelo corpo e rastros molhados são as únicas coisas que me restam.
Tudo o que resta é o rastro.
Quero agora, não posso. Maldito tempo, que demora para cicatrizar minha carne. Que leva toda a eternidade para curar o que está por dentro.
Quero o fim de tudo isso, que fique apenas o silêncio e nenhuma sobra, mas minha impaciência me deixa assim, me faz lembrar de coisas que já foram esquecidas, de coisas que nem passaram.
Me faz lembrar do que ainda nem passou, do que nem existiu.
Parece até que gosto de sofrer. Como uma contradição ambulante, imploro pela paz e vivo atrás do inferno.
Rezo para encontrar a saída, mas volto para trás.
Imploro para a dor passar, mas continuo mexendo na ferida, fazendo sangrar mais.
Atrás dos passos marcados, não vão para lugar nenhum e me levam aonde eu queria estar.
Não aprendi até hoje o significado da espera. Quero tudo pra já, agora, antes que esfrie, antes que acabe, antes que me canse.
Quero tudo na hora que eu quero, quando quero, se quiser, que venha do meu jeito.
Angústia interminável, gota a gota se cai do meus olhos e deslizam pelo corpo e rastros molhados são as únicas coisas que me restam.
Tudo o que resta é o rastro.
Quero agora, não posso. Maldito tempo, que demora para cicatrizar minha carne. Que leva toda a eternidade para curar o que está por dentro.
Quero o fim de tudo isso, que fique apenas o silêncio e nenhuma sobra, mas minha impaciência me deixa assim, me faz lembrar de coisas que já foram esquecidas, de coisas que nem passaram.
Me faz lembrar do que ainda nem passou, do que nem existiu.
Parece até que gosto de sofrer. Como uma contradição ambulante, imploro pela paz e vivo atrás do inferno.
Rezo para encontrar a saída, mas volto para trás.
Imploro para a dor passar, mas continuo mexendo na ferida, fazendo sangrar mais.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
domingo, 3 de abril de 2011
Tempo
Perdendo tempo contando as horas, atrás de tempo para fazer tudo o que não dá tempo de fazer.
Correndo olhando sempre para o relógio, contando minutos, segundos, dias e dias atrás de coisas que não têm hora para chegar.
Mas não há tempo para nós, para a vida, para mais nada. Não há tempo para respirar, para pensar, para sentir. No fim, tudo vira cinzas, tudo se escoa para o ralo.
Contamos tempo em minutos, que mais parecem milésimos de segundos, passam rapidamente e sem deixar vestígios, sorrateiramente, sem nos dar tempo para despedidas. Uma cadeira, uma janela e tudo visto através desta, esperando o relógio dar suas voltas.
Não temos tempo para perder. Perdemos tempo, esperando por ele, perdemos vida esperando por sonhos.
Perdemos tudo esperando pelo futuro, chega em pouco tempo.
Correndo olhando sempre para o relógio, contando minutos, segundos, dias e dias atrás de coisas que não têm hora para chegar.
Mas não há tempo para nós, para a vida, para mais nada. Não há tempo para respirar, para pensar, para sentir. No fim, tudo vira cinzas, tudo se escoa para o ralo.
Contamos tempo em minutos, que mais parecem milésimos de segundos, passam rapidamente e sem deixar vestígios, sorrateiramente, sem nos dar tempo para despedidas. Uma cadeira, uma janela e tudo visto através desta, esperando o relógio dar suas voltas.
Não temos tempo para perder. Perdemos tempo, esperando por ele, perdemos vida esperando por sonhos.
Perdemos tudo esperando pelo futuro, chega em pouco tempo.
De Clarice
"Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das ideias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre"
Clarice Lispector
segunda-feira, 28 de março de 2011
Porta se fecha, janelas se abrem...
Por que quando estou melhor as pessoas ficam horrorizadas?
Não tenho a obrigação de ficar mal quando algo ruim acontece.
Engraçado como as pessoas ficam assustadas quando alguém se recupera.
Se você terminou com alguém, elas esperam que você fique sempre pra baixo, chorando pelos cantos. Ou se você perde o emprego, todos vêm sentir pena de você, achando que isso vai ajudar em alguma coisa.
Todos têm seu tempo.
Alguns demoram, outros são mais rápidos, mas chega uma hora que todos se recuperam dos tombos.
Hoje a ferida está aberta, mas depois ela já está bem melhor. E no futuro, ficará apenas uma marca insignificante, e a dor será esquecida.
Alguns tombos são até bons. Afinal, como já dizem por aí, "há males que vêm para o bem". Eles nos ensinam a ser pessoas melhores, e mais fortes.
Não sinto mais nada do que sentia antes. Creio que todos os sofrimentos já foram deixados para trás.
Espero que as pessoas não se assustem com isso.
Tenho o direito de me recuperar.
De aprender com meus erros.
De me arrepender de tudo o que fiz e de recomeçar do zero.
Não podemos voltar atrás, mas podemos sempre inventar uma nova história.
Estou inventando a minha, de cabeça erguida e deixando todo o passado para atrás.
Também não idealizo um futuro, mas procuro me preocupar mais com o presente. Afinal, o futuro depende das minhas atitudes de hoje.
Sei que já falei, ou melhor, escrevi muito ( o texto já está ficando um tanto longo). Mas só quero colocar pra fora o que está aqui.
A esperança talvez seja uma coisa exclusiva dos tolos. Sempre achamos que tudo vai melhorar, que o dia de amanhã será um dia melhor. Nem sempre as coisas saem do jeito que a queremos...
Mas a esperança é indispensável. Sem ela, a vida vira uma coisa insuportável.
Mas esperanças à parte, só quero dizer que nem sempre as coisas são tão ruins como parecem. Acho até que certas coisas foram boas, mesmo que me deixaram no fundo do posso por algum tempo.
Eu sempre achava que era tudo muito ruim, vivia fazendo drama por qualquer coisa. Mas acho que esses erros só me levaram por um caminho melhor, e moldaram a pessoa que sou hoje.
Para finalizar, pois você já deve estar de saco cheio de ler, muitos males vêm para nos moldar. Às vezes nem são tão ruins assim. As pessoas que têm o péssimo hábito ruim de rotular tudo, até mesmo situações. Ficar doente, perder o emprego, ou até mesmo terminar algum relacionamento, são situações "ruins". Mas elas não olham por trás de tudo. De repente, pode ser que tenha sido melhor assim.
Acontece...
Afinal, quando uma porta se fecha, janelas se abrem e te deixam respirar.
segunda-feira, 21 de março de 2011
Fardo
É doloroso saber que damos mais importância aos outros do que eles nos dão.
Mas mais doloroso ainda é perceber que não nos achamos importante, e acabamos colocando toda nossa felicidade nas costas de terceiros.
Afinal, o que são esses valores? Se somos nós quem os cria, por que é tão difícil desfazê-los?
É fácil destruir as coisas, inclusive nossas vidas. É fácil sonhar, viver num mundo imaginário onde tudo é perfeito.
Mas consertar é mais complicado. Viver num mundo real, caminhar sobre pedras pontiagudas e cacos de vidro já é mais difícil.
Criamos um mundo perfeito para fugir do que nos assusta.
Damos importância aos outros, mais do que a nós mesmos, para confortar nossas feridas. Assim, jogamos a responsabilidade da nossa felicidade para outros, e nos livramos do dever de nos amarmos.
Acho que descobri o motivo disso tudo.
É mais fácil amar aos outros do que me amar.
É mais fácil culpar do que encontrar a solução.
Continuo num sonho sem saída, sem despertar. Fingindo que está tudo bem, que as pedras não me machucam. Tento fingir que estou certo, para não dar razão a mais ninguém.
Sei que não estou falando nada que tenha sentido. Mas as coisas são assim mesmo... desconexas.
Pedras jogadas uma sobre as outras, mas sem formar nada.
Continuo me lamentando, me sentindo cada vez menor. Sei que dou mais importância aos outros do que a mim mesmo... mas assim me livro do fardo de me amar.
Assim me livro do fardo de continuar.
sábado, 19 de março de 2011
Siga a maré
Tu segues a onda, ou ela te engole.
Esta é a regra natural de tudo. Afinal, não adianta mais nadar contra a maré.
Ela sempre te leva de volta para lugar nenhum.
Tentei nadar contra tudo, mas perdi as forças... e aqui estou.
Perdi minhas lembranças nas águas, meus dedos estão enrugados e minhas roupas, encharcadas. Tudo em vão, sem motivos, sem sucesso.
Tentei achar algo diferente, mas só consegui encharcar meus olhos com mais lágrimas.
Mais uma perda para a coleção. Mais um fracasso para a lista.
Mais uma memória perdida.
Ou tu segues a corrente, ou ela te segue para sempre. E um dia ela te alcança, aí não terás como escapar.
Sim, as águas vão, mas um dia elas voltam.
Assim como o passado sempre volta para nos atormentar, vestido de um lençol branco e com correntes nos pés. Fantasmas que não nos deixam em paz.
Assim, não adianta nadar contra a onda. Se o fizer, ela te leva de volta para lugar nenhum.
Um lugar nenhum, onde tem alguma coisa. Uma coisa que eu quero esquecer.
Temos que seguir as regras, caminhar para a frente.
Siga a maré, e ela não te machucará.
Siga, e não terás que voltar para as sombras.
O que passou, passou. Sim, volta, mas depende apenas da tua vontade.
Não faça como eu, não molhe tuas roupas sem razão. Não perca tuas memórias no caminho, tentando buscar o que já está esquecido e enterrado.
Não perca um futuro e um presente por causa do teu passado.
Siga a onda, e tudo ficará bem... eu prometo.
quinta-feira, 17 de março de 2011
Mudanças
Acordei com vontade de alguma coisa nova. Pode ser um dia novo, uma vida nova ou até mesmo um minuto, já é capaz de me deixar melhor.
Meu medo é de ser apenas uma sensação. Um alarme falso. Como tantas vezes sonhei com uma mudança, e continuo parada no mesmo ponto.
Espero que agora seja de verdade, que seja mais do que um sonho, um desejo.
Quero algo concreto, real, que eu possa tocar e sentir. Não apenas um sonho, que leva para as alturas e depois me deixa cair, na minha própria sorte.
Espero que seja mais do que um simples sonho. Todos podem sonhar, mas poucos concretizam.
Espero que esta seja a hora da mudança. Que tudo se transforme, que rabiscos formem palavras e desenhos, que fantasmas se transformem em lembranças e que sonhos se transformem em realidade.
Uma vez ouvi que devemos ser a mudança que queremos ver.
Espero poder ver no espelho tal mudança. Olhar para trás e ver o quanto tudo está diferente, o quanto ganhei a cada dia, o quanto perdi.
Um dia com mudanças, é o que quero.
domingo, 13 de março de 2011
by Liz
"Às vezes é melhor quando as coisas não são perfeitas. Assim sabemos que são de verdade."
Liz Lee - My life as Liz
?
-Como você está se sentindo?
-Como um ponto de interrogação...
Pois é, estou me sentindo assim hoje, ontem, antes de ontem...
Se me perguntar se estou com fome, ou se tenho vontade de alguma coisa, não sei dizer. Sede? Nem sei se tenho ainda.
Não estou com raiva, nem feliz, nem com vontade de rir ou de sair quebrando tudo (sempre tenho vontade de quebrar tudo quando estou furiosa, mas hoje, não).
Você já se sentiu assim?
Como se fosse uma incógnita. Você nem sabe mais o que te segura aqui, o que te motiva, SE ainda tem alguma motivação pra continuar.
Você já não sabe que tipo de música te agrada. Que tipo de filme você quer ver. Que tipo de coisas te deixam irritado.
Você só sabe que tem algo te incomodando, um barulho irritante. Mas você já está tão acostumado que nem liga mais. Já se acostumou com o chiado da TV, por isso nem se preocupa em desligá-la. Agora, tanto faz. Isso não tem mais importância.
Pra dizer a verdade, nem sei mais se a TV está ligada ou não. Sei que tem algo me incomodando, mas não tenho vontade de mudar nada, de me levantar ou até mesmo de pensar.
Já nem sei mais o que me deixa mal, o que gosto e o que odeio.
Pra mim, tanto faz agora. Estou me sentindo como um ponto de interrogação mesmo...
sexta-feira, 11 de março de 2011
Apenas realista
Otimismo é bom, e o pessimismo é ruim. Meio óbvio, não?
Mas mesmo assim, sou pessimista na maioria das vezes.
Acho que é por medo de criar muitas expectativas, que nem sempre alcançamos.
Sempre que estou esperando alguma coisa, acabo pensando no pior, pois assim me sinto preparada para alguma possível decepção. Aí depois posso falar : "Eu já sabia que ia ser assim..."
Bom, lógico que é melhor ser otimista, sempre pensar no melhor, esperar o sucesso, atrair energias positivas e blá blá blá.
Mas, e quando nada sai como esperamos? Todas aquelas expectativas que criamos vão para o ralo, ficamos depressivos, e nos enfiamos debaixo das cobertas com um pote de sorvete ( não sei você, mas eu acho que isso resolve --').
A mesma coisa fazemos com as pessoas que estão perto de nós. Sempre esperamos mais, e mais, e mais... e quando essa pessoa não corresponde, simplesmente desmoronamos.
Eu tenho esse hábito de sufocar as pessoas, sempre querendo que elas adivinhem o que eu quero, que façam o que eu planejo. Mas, como elas não têm bola de cristal para adivinhar o que eu quero, acabam não correspondendo minhas expectativas (nossa, já repeti essa palavra várias vezes ¬¬) e eu fico frustrada.
Me esqueço que também não sei o que esperam de mim, que muitas vezes eu decepciono as pessoas que estão ao meu redor. E assim como não tenho como adivinhar o que querem, elas também não adivinham o que eu quero, não sabem às vezes como lidar comigo, não sabem o que guardo dentro de mim.
Nossa, de otimismo e pessimismo passei para bola de cristal...
Mas você vai entender o que quero dizer. A questão é a seguinte...
Não devemos criar muitas expectativas (lá vem a palavrinha maligna denovo) sobre nada. Acho que o certo mesmo é ter um equilíbrio. Nem muito otimista, para o tombo não ser muito grande. Nem muito pessimista, para também não se tornar uma pessoa amarga, que sempre vê um copo meio vazio.
Basta viver com os pés no chão, correr atrás do que queremos e entender que nem sempre as coisas saem como esperamos que saiam, e nem as pessoas são como esperamos que sejam.
Não, não sou o Superman, mas achei essa foto legal... é.
segunda-feira, 7 de março de 2011
Teoria x Prática
O mundo seria perfeito se fosse como eu imagino. Seria tudo tão mais simples, mais bonito, mais fofinho, mais cuti-cuti... tá, parei. Mas sério, seria bem mais fácil se fosse como nós imaginamos.
Isso porque tudo na teoria, se torna uma maravilha. Nós imaginamos tudo mais fácil, como se tudo pudesse ser resolvido com um simples toque de mágica. Mas não é bem assim...
Eu sou mestre nisso! Sempre planejo estudar mais, me dedicar, levar uma vida mais saudável, faço aquelas listinhas de metas que todo mundo faz no começo do ano (se você nunca fez, você não é deste planeta!). Mas nunca consigo fazer nada do que eu planejo. E se começo a fazer alguma coisa, é só fogo de palha, e logo desanimo.
Não consigo estudar como eu deveria, passo o dia todo na frente do computador e nunca consigo comer comidas que fazem bem à saúde (ou seja, aqueles legumes que ninguém gosta de comer --'), logo meu quarto volta a ficar uma bagunça colossal e tudo volta pro 0.
Na prática, tudo fica mais difícil. A gente sente na pele o que é ter que lutar pelo que a gente quer, e nem sempre essa sensação é boa. Dá medo... por isso muitas pessoas desistem de sonhos, antes mesmo de lutar por eles.
Um dia, um professor meu de Filosofia ( que, aliás, é uma matéria da qual eu gosto muito) disse que há uma grande diferença entre estímulo e motivação. Por exemplo, quando recebemos um estímulo, ele dura pouco, então logo desistimos do que queremos. Mas quando temos motivação, que vem de dentro de nós, aí temos forças pra ir até o fim, superar todos os obstáculos para colocar a teoria em prática.
Bom, não importa qual seja seu sonho, ou se preferir chamar de outra coisa, sua meta. Você pode querer qualquer coisa. Fazer uma faculdade, se casar, ter um negócio próprio ou até mesmo conseguir manter seu quarto pelo menos um pouquinho arrumado.
Pra tudo, é necessário dedicação. Senão, nossas ideias não vão passar de teorias, e nunca poderão ser colocadas em prática.
domingo, 6 de março de 2011
Dia de cão --'
Eu não sou muito supersticiosa, mas tem dia que não dá para não ser.
Como, por exemplo, quando temos o famoso "dia de cão".
É incrível como dá TUDO errado. Se você sai de casa sem um guarda-chuva, começa a chover. Se você tem que acordar cedo, o despertador simplesmente resolve não funcionar, só de pirraça. Quando você resolve sair um pouquinho mais tarde pra pegar o ônibus, ele resolve passar no seu ponto um pouco mais cedo. E não adianta rezar, acender vela, fazer algum ritual. Se for pra ser um dia de merda, vai ser.
E não pára por aí...
Dizem que quando um pão cai no chão, sempre cai com o lado da manteiga para baixo. Bom, nem preciso dizer qual lado cai para baixo, né?
E nesses dias eu fico um pouco paranóica, achando que alguma força maligna das profundezas profundas (?) das trevas está me seguindo, acabando com o meu dia.
Como muita gente supersticiosa, eu também evito passar debaixo de escadas, deixar o sapato virado para baixo e quase morro quando quebro um espelho. Mas não tenho culpa, isso faz parte da nossa vida. É bom às vezes achar que tudo está dando errado por culpa de alguma força do mal, e não por nossa causa ou das nossas atitudes mal pensadas. É bem mais fácil!
Então, quando você sai de casa num dia nublado e sem guarda-chuva, se começar a chover, saiba que você vai se molhar não porque você foi uma besta que esqueceu o guarda-chuva em casa, mas sim porque alguém lá em cima (ou embaixo, vai saber) quer que você tenha um dia de merda.
Assim você se sente menos culpado. Mas e quando muitas coisas dão errado no mesmo dia? Bom, aí sim dá pra desconfiar.
Nesses casos, é bom acender um incenso e preparar um banho com sal.
sexta-feira, 4 de março de 2011
quinta-feira, 3 de março de 2011
De repente...
Algumas coisas se vão suavemente, tão vagarosamente, que nem percebemos sua partida. Quando nos damos conta, já se foi.
Por que só aprendemos a dar valor nas coisas quando as perdemos?
É que só na ausência, nós sentimos falta. Quando temos, não damos muito valor, porque achamos que vai ser para sempre. Mas quando vai embora, ficamos com cara de ponto de interrogação, se perguntando : Por que não aproveitei mais?
Assim fazemos com tudo. Com momentos, objetos, e até mesmo com pessoas.
Muitas pessoas entram e saem das nossas vidas, mas elas o fazem com tanta sutileza, que nem nos damos conta quando acontece. Enquanto estão nas nossas vidas, nós estamos acostumados com elas. Os dias se passam, e deixamos para dar valor no próximo dia, e no próximo, e no próximo, e assim por diante.
Mas, assim como elas entram, elas podem sair também. E quando decidimos dar importância, mais atenção, ela já partiu.
Temos esse péssimo hábito de ser lerdo. De perceber as coisas só quando já é tarde. De achar que tudo é para sempre, então, podem esperar pela nossa vontade.
Mas o tempo corre, as pessoas também. E uma hora, por mais que seja doloroso, tudo acaba.
De repente, tudo se desfaz, e não podemos fazer mais nada.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Tudo na cabeça e nada nas mãos
Odeio quando minha cabeça está cheia de ideias, mas não consigo colocá-as em prática.
Tenho tanta vontade de fazer algo diferente, mas acabo não fazendo nada. Rabisco, escrevo, penso, abro a geladeira (sim, isso às vezes me ajuda a pensar...), mas volto sempre pro ponto de interrogação.
Momentos assim me deixam profundamente irritada.
Tenho vontade de fazer tantas coisas, mas nem sei por onde começar. Tantas ideias emaranhadas na minha cabeça, mas nada nas minhas mãos, apenas lápis e papel.
Às vezes sou assim também com as palavras. Com meus sentimentos. Com tudo o que tem na minha cabeça, ora oca, ora cheia.
Tem dia em que estou tão cheia de alguma coisa, que quero muito tirar de mim, compartilhar com alguém, ou simplesmente jogar fora, e esquecer o que aconteceu. Mas não sei como fazer isso. Não sei como expor, como colocar tudo pra fora. E aquilo fica dentro de mim, me consumindo, me maltratando.
E é assim que estou agora. Tenho tanto em mim, tantas ideias na minha cabeça, todas elas distorcidas e emaranhadas... mas estou sem nada nas minhas mãos.
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Caminhos
Eu jurei que não seria perigoso, mas não pude resistir.
O arrepio que senti na pele falou mais alto, e me levou à loucura.
Jurei que não andaria mais fora da linha, mas acabei saindo totalmente fora da rota.
Liguei a música no último volume, e perdi a cabeça. Não pude evitar, foi mais forte que eu.
Quando vi, já estava fora de mim, querendo algo mais.
Sempre me conformei com pouco, com o que tinha. Mas agora, nada mais pode me saciar.
Não se preocupe, não vou fazer nada contigo que você não queira.
Se estiver com medo, pode voltar... se conseguir achar o caminho de volta.
Mas não posso prometer que voltarei também.
Quero seguir essa estrada, com a música perfurando meus ouvidos. Cada minuto, cada momento agora é precioso, e quero saborear.
Não importa onde ela vai me levar, onde estou... tudo isso é mais forte que eu.
O destino não importa, ele não me pertence. Aliás, ele não pertence a ninguém.
O caminho é mais importante, e foi este que escolhi pra mim.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Segredo
Eu achava que quando temos um problema, desabafar é sempre bom.
Quando amamos uma pessoa, devemos falar, demonstrar tal sentimento.
Mas hoje já não tenho tanta certeza...
Acho que algumas coisas não devem ser ditas. Nem sempre a conversa pode resolver nossos problemas.
Sinto a péssima necessidade de conversar, perguntar, questionar, pra encontrar soluções, saídas. Sinto necessidade de escutar uma voz falando sempre que vai ficar tudo bem, me tranqulizando, me fazendo dormir.
Mas não posso mais ser assim.
Nem sempre vou ouvir essa voz. Nem sempre, posso falar o que sinto.
Algumas coisas devem ficar em silêncio, em segredo.
"Ótima" tarde para você...
... que pensou que eu cairia nessa. Que realmente achou que poderia me enganar por tanto tempo.
Que se acha mais esperto que eu.
Que agora deve estar rindo da minha cara, pensando "que menina idiota".
Uma ''ótima'' tarde para você... e espero que você se foda!!!!
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