Me tranquei no quarto e fechei as cortinas para a luz não entrar. Elas me cegam e fazem minha cabeça latejar.
Os sons dos carros lá fora penetram nos meus ouvidos, como uma música turbulenta e massacrante.
Queria que o mundo parasse.
Por um minuto que fosse. Gostaria que ele entrasse em sintonia comigo pelo menos uma vez.
Para o inferno todos os relógios, os calendários, os dias...queria ter o meu tempo, o meu mundo. Um mundo que me acompanhasse, e não que me obriga a acompanhá-lo.
O mundo lá fora é uma fábrica de pessoas doentes, que vivem correndo para alcançar o tempo.
Queria fazer o meu tempo.
Queria ter o meu mundo.
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