quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Invisível...

   Tive um sonho estranho na noite passada.
    Eu estava em uma rua qualquer, numa cidade em algum lugar do mundo. Tudo parecia comum, mas algo dentro de mim dizia que tudo estava errado. As pessoas passavam por mim, mas não percebiam minha presença. Me olhavam, mas não me viam.
   Sem querer, me esbarrei em uma senhora que passava. Mas ela não disse nada. Era como se eu não estivesse ali. Eu estava em um lugar, onde eu não existia para as pessoas... mas elas existiam para mim.
  O desespero de ser invisível foi tão grande, que comecei a gritar. Implorei por misericórdia, por um ombro amigo. Mas ninguém me ouviu. Continuavam a correr, preocupadas com suas tarefas e com o relógio, que não parava de trabalhar.
  Me senti um fantasma. Um fantasma que não pode ser visto, mas que pode ver e sentir as pessoas. Que não consegue ser ouvido, mas fica louco com o barulho infernal dos carros, das pessoas, dos gritos da cidade.
  Corri entre os carros, para chamar atenção. Mas ninguém me notou. Os carros passavam por mim, quase me atropelavam... mas não paravam. Eu sentia a fumaça deles, passando pelas minhas pernas. Sentia um frio passando pela minha garganta, invadindo meu estômago. Mas eles não me atingiam.
  Me senti morta em meu próprio corpo. Me senti presa dentro de uma caixa, sem ar. Estava sufocada dentro de mim.
  Então, eu acordei. Acordei numa rua qualquer, numa cidade em algum lugar do mundo, entre pessoas correndo e carros acelerados.





2 comentários:

  1. Me sinto assim todos os dias.... Invisível,um nada acho q é isso q sou para os outros.Dane-se!

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  2. Acredite, me sinto assim todos os dias...

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