quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Deixa

  Deixa um pouquinho do sol entrar, por favor. Há tempos não sinto seus beijos quentes.
  Não impeça o vento de entrar. Preciso sentir novamente seu abraço envolvente, suas mãos balançando e embaraçando meus cabelos.
  Quero sentir o que há lá fora, e não me impeça. Há tempo não me sinto assim, em paz, feliz. Fecharam minhas janelas, mas agora exijo que abrem. O sol está me chamando, o mar grita meu nome... preciso ir.
  A areia sente saudade da minha pele, e eu sinto saudade do seu toque.
  E mesmo que ninguém esteja me esperando lá fora, me deixe sair. Mesmo que a areia não esteja me chamando, me contento com o chão de terra, ou até mesmo de concreto. Quero sentir algo sob meus pés.
   E sei que o sol está lá. E mesmo que não esteja, deixe eu ver pelo menos a chuva. Deixe ela me molhar, me lavar, me encharcar. Não importa que ela seja fria, para mim ela sempre será quente como o sol.
  Abra as portas, as janelas, seus braços. Deixe o sol me buscar, ou a chuva, o vento, a areia ou até mesmo as ruas. Mas deixe eu sair.





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